quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Amor
- Pára de falar no amor! Todos os idiotas do mundo dizem que amam alguém. Não significa nada!
- Mas é verdade, eu amo-a.
- Não significa mesmo nada! O que se sente só a nós diz respeito. É o que fazemos às pessoas que dizemos amar que interessa. É a única coisa que conta!
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In "The Last Kiss", de Tony Goldwyn
domingo, 21 de outubro de 2007
Gentleman lacking in BA after Midnight
Eu GOSTO do Bairro Alto durante o dia. Gosto de visitar as lojinhas de novos artistas que proliferam pelas ruas apertadas e que escondem sempre algo de bonito e original. Até ao domingo à tarde, quando está tudo fechado, eu gosto de subir e descer as ruas íngremes e incertas. Gosto de cruzar-me com as pessoas que realmente as habitam e deixar que o meu passeio culmine (where else?) na Haangen Daaz ou na Fnac do Chiado.
Eu GOSTO do Bairro Alto à noite. Adoro jantar naquele ambiente acolhedor e ecléctico. Há imensos sabores por onde escolher e, regra geral, é-se bem atendido e bem servido.
Eu DETESTO o Bairro Alto após a meia-noite. O bairro invadido pela parafernália do copo atrás de copo. Pelos meninos imberbes que se passeiam a ensopar garrafas de litro de tinto ou cerveja como prova indiscutível da sua masculinidade. Pelos trintões e quarentões com as suas jeans, as suas camisas brancas ou pretas (atenção porque tem de ser mesmo branca ou preta... nothing in between) e os seus risos made to look cool mal estudados. Por estes machos último grito eu nutro um especial desagrado. Não porque se vistam todos de igual. Riam todos da mesma maneira. Ou seja óbvio o atropelo de uma quiçá boa identidade pessoal por uma má identidade de grupo. Mas porque abomino a forma como deixam cair o verniz só para chegar primeiro ao balcão das bebidas. Onde estão os cavalheiros? Na noite do BA parecem ser uma raça, francamente, em extinção...
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
dia-bolon
Hoje ouvi dizer, que depois de ter anunciado oficialmente o fim da existência do limbo, o Vaticano anuncia agora o fim da existência do Diabo - e do Inferno “propriamente dito’ (o que quer que seja que isso queira dizer). Independentemente de ser ou não verdadeira a negação papal da criatura e do seu habitat, a verdade é que as coisas nunca serão assim tão simples...
A palavra diabo tem a sua origem na palavra grega Diabolon, que surge da junção de “dia” (separar) e “bolon” (outro). Ou seja, o outro que mantemos separado de nós, por o sabermos parte de nós. O outro lado de nós. O oposto. O negativo. Acho que Rui Veloso lhe chamou o nosso lado lunar. E eu acho que é um bom termo. Muito melhor que “diabo”.
Eu diria que o Vaticano se enganou (a ser verdade a tal notícia). O “diabo” continua a existir. É, como sempre foi, aquela parte de nós menos controlável, mais negra, menos lógica, mais descontente. Que persistirá enquanto existirmos. Mais modesta ou mais exuberante. Mais inerte ou mais activa.
E quanto ao desaparecimento do Inferno, também discordo - enquanto houverem "diabos" (pessoais ou colectivos) haverão infernos: privados ou mediatizados, silenciosos ou gritantes.
NOTA: Parece-me importante reforçar aqui uma ideia: eu acredito na liberdade, muito particularmente na liberdade de cada pessoa professar o seu credo. Mal está o homem que não tem fé - seja numa religião, numa filosofia, num sonho ou noutra coisa qualquer. A fé alimenta o nosso lado bom. Faz-nos acreditar que é possível ir mais longe. O que me preocupou neste texto, foi exprimir uma noção que acho basilar para se ser um bom crente - independentemente daquilo em que acreditemos. E essa noção é que o bom e o mau provêm ambos de nós e, que dessa forma, todos temos a responsabilidade de responder face ao que acontece em nosso redor, e o dever de tentar fazer mais e melhor do que fazemos.
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Um imPOSTor
Agora, se não se importam, vou até ali cair para o lado.
That's it.
(Bolas, creio que fiz um post...)
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
... Saramago :-(
Quando se sobe ao torreão do Castelo de Palmela e se olha a imensidão das planícies ao nosso redor, é impossível não imaginar os nossos antepassados a lutar por aquela terra, palmo a palmo, meses a fio. É impossível não pensar naqueles que pereceram para que esta terra fosse nossa.
E é também impossível, não recordar a proposta de José Saramago para que devolvamos Portugal a Espanha, sem pensar: "Que tolice, senhor Saramago!". Devolver a terra que herdámos, como quem devolve no café, uma bica que chegou mal servida?...
Pergunta #1
Bagatelas.
No entanto, tantas vezes, tão difíceis de obter.
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Pressentimento...
Antes envolvência, proximidade, cumplicidade e bem-estar.