Estou cada vez mais convicto que, qualquer tipo de relacionamento, só sobrevive se as pessoas conseguirem estar juntas em silêncio. E que o silêncio não seja incomodativo, angustiante ou significado de distância.
Antes envolvência, proximidade, cumplicidade e bem-estar.
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4 comentários:
Ouvi uma vez alguém dizer que as palavras deviam ser racionadas. Que só deveriamos poder usar um número limitado por dia. Gostava de me lembrar quem foi que o disse, porque esta frase faz-me parcialmente sentido. Acho que muitas vezes gastamos, de facto, palavras e mais palavras, para um fim outro que aqueles para que as aprendemos. E esta utilização a que me refiro nada tem de original ou de criativo. Estou a pensar nos momentos em que usamos as palavras já não para dizer algo, já não para exprimir os afectos conscientes ou inconscientes, já não para criar palavras novas ou outra coisa qualquer, mas tão somente para preencher o silêncio – prefiro chamar-lhe “o vazio”. Quando isto acontece, é porque algo de substancialmente importante se perdeu, na relação com o outro (ou outros) que temos à nossa frente.
Olá Rui
Já uma vez escrevique o intervalo entre as palavras não é um lugar vazio. É preenchido por palavras (outras) e pelo silêncio que só alguns sabem entender.
Obrigada pela tua atenção ao visitares-me no Shoshana e me dares conta deste teu novo espaço.
Contudo o Shoshana está parado, agora vivo no Orion
Um beijo
O silêncio é um momento de comunicação entre duas pessoas. O vazio é o sentimento de uma pessoa. Frequentemente, o vazio é projectado pela pessoa que o sente sobre o silêncio que existe entre ela e os outros... retirando-lhe a beatitude, e transformando-o num lugar que sente como estéril e incomportável.
Quando silêncio é cortante, então é porque o desconforto impera. Quando há silêncio partilhado os pensamentos cruzam-se e as palavras são desnecessárias. São raros os momentos que as pessoas conseguem manusear o silêncio.
PS: que bom saber de ti, num canto novo ou não :) beijinhos e boa sorte.
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